sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Falência da Busscar

A falência da Busscar é decretada.

O Juiz Maurício Cavallazzi Povoas, da Quinta Vara Cível de Joinville, Santa Catarina, decretou a falência da encarroçada de ônibus Busscar, conforme previsto, a decisão do julgamento foi divulgada por volta das 17:30 desta quinta-feira, 27 de setembro de 2012. Não podemos esquecer que a Busscar já foi uma das maiores fabricantes de ônibus do País.

LEIA A DECISÃO:
Trata-se de pedido de recuperação judicial formulado por Busscar Ônibus S.A., Bus Car Investimentos e Empreendimentos Ltda, Buscar Comércio Exterior S.A., Lambda Participações e Empreendimentos S.A., Nienpal Empreendimentos e Participações Ltda, TSA Tecnologia S.A.,Tecnofibras HVR Automotiva S.A e Climabuss Ltda, com fundamento no artigo 52 da Lei nº. 11.101, de 09 de fevereiro de 2005., alegando, em síntese, que se encontram em crise financeira, conforme argumentos despendidos na inicial, e que preenchem os requisitos legais para o deferimento da medida.
Com o pedido inicial, juntou documentos (fls. 27-2363).
O processamento do pedido de recuperação judicial foi deferido às fls. 2364-2366, oportunidade em que se nomeou o Instituto Rainoldo Uessler como administrador judicial.
...

As empresas Tecnofibras e ClimaBuss continuam operando provisoriamente. A Tecnofibras vai ser fiscalizada pelo administrador da falência, enquanto a ClimaBuss continua por mais 30 dias normalmente. A administração da falência vai determinar depois desse prazo em relatório se a empresa possui ou não condições de continuar aberta.

DECIDO:
Em 31 de outubro de 2011 recebi, no decorrer do expediente forense, a informação, pela minha chefe de cartório, de que o processo de recuperação judicial da empresa Busscar (depois vi que eram na verdade do grupo Busscar, formado por 8 empresas) havia sido distribuído para a minha unidade.

Senti-me, devo confessar, feliz. Primeiro porque gosto de processos complexos. Esses desafios me movem. Segundo porque vinha acompanhando pela imprensa a agonia dessa empresa, orgulho Joinvillense, que se arrastava em dívidas, inclusive trabalhistas, e que iria, em breve ver praceado boa parte de seu patrimônio imobilizado por conta das lides laborais pendentes.

Tinha certeza que poderia ajudar, no exercício de meu mister, a erguer esse gigante, essa empresa cujo nome vê-se estampado em carrocerias de ônibus nos cinco continentes.

O tempo passou, por circunstâncias profissionais mudei de Vara e, cerca de dois meses depois de me afastar deste feito, retornei justamente no ponto mais crucial do processo, qual seja, a realização da terceira e última etapa de uma assembléia iniciada em maio do presente ano e que somente chegou ao seu final anteontem, dia 25 de setembro de 2012.

No entanto, aquela alegria inicial, pela chance de fazer parte do ressurgimento da Busscar, se tornou em profunda tristeza por ver que toda aquela expectativa inicial se frustrou. Por ver que a única saída para o caso realmente é a quebra da empresa.
É com esse desabafo sincero que inicio essa decisão, analisando ponto a ponto as questões relevantes.

A Busscar pode recorrer da sentença que vale logo depois de sua publicação.

OUTROS FATORES:

Além do resultado da Assembléia Geral dos Credores que foi considerado uma derrota para a Busscar, o magistrado considerou outros aspectos como o histórico e a importância social da Busscar, além da viabilidade do plano de recuperação da fabricante de carrocerias de ônibus.

A Busscar em seu plano apresentou metas diferentes dos atuais números de produção. De acordo com site da encarroçadora, desde o início do plano de recuperação até o final de julho, foram vendidos 207 ônibus, dos quais 83 entregues.

A Busscar estimava este ano produzir 1,8 mil carrocerias com faturamento de R$ 335, 6 milhões.
Em 2014, a estimativa da Busscar é se tornar superavitária novamente, com lucros reais de R$ 30,2 milhões, já descontados todos os custos de operação e tributários. Para 2016, as projeções são de produção de 4,5 mil ônibus com faturamento de R$ 1,1 bilhão.

Vários credores viram com ceticismo a possibilidade do cumprimento das promessas.
Boa parte da produção da Busscar este ano seria destinada para atender ao chamado projeto Guatemala, pelo qual o BNDES financiaria as encarroçadoras em cerca de R$ 400 milhões, sendo aproximadamente R$ 100 milhões para a Busscar, para exportação de ônibus para este país.
Ocorre que este projeto ainda não saiu do papel.

Além disso, por conta da entrada em vigor do Proconve P 7 – Sétima Fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, com base nas normas internacionais Euro V, o mercado de ônibus e caminhões se desaqueceu este ano.

Em 2011, para aproveitar os veículos com tecnologia Euro 3, com ônibus mais baratos, os empresários decidiram antecipar as renovações de frotas previstas para este ano. Por isso, que 2012 tem sido um ano cujas vendas estão menores. Isso sem contar que a economia brasileira também está desacelerada, com PIB – Produto Interno Bruto que, segundo previsões, não deve ultrapassar de 1,75%.

No entanto, para 2013 e 2014, por conta da volta do crescimento, dos investimentos em mobilidade, inclusive os contemplados pelo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, e de eventos como a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, o mercado de ônibus deve voltar a crescer.

Os desencontros nas negociações trabalhistas e as brigas pelos bloqueios e liberações de patrimônios, ora tidos como disponíveis, ora como indisponíveis, também foram marcos na crise da Busscar.

A chácara Itinga, uma propriedade da família Nielson, que poderia ser usada como garantia de pagamento de parte dos débitos trabalhistas, é um dos exemplos destes bens que estiveram em meio às discussões nos tribunais.

A crise atual da Busscar começou em 2008. A empresa atribui a situação à crise global de 2008, que teve como um dos marcos a falência do banco de investimentos Lehman Brothers, que causou uma restrição mundial no crédito.

HISTÓRIA QUE NÃO PODE SER APAGADA

 Apesar da situação recente envolvendo a Busscar, a história da empresa é algo que não deve ser anulado.

Com pioneirismo e inovações, a Nielson – Busscar contribuiu não só para o desenvolvimento da indústria de ônibus e o setor de transportes, mas fez parte do crescimento de toda a nação. Afinal, os ônibus estão inseridos no dia a dia das pessoas, ajudam as cidades a crescerem, levam as pessoas para onde está o emprego e a renda e permitem o acesso aos serviços essenciais, como saúde, educação, lazer, etc.

E neste processo, sempre estiveram presentes ônibus feitos pela Busscar, que até 1990 se chamava Nielson.

A companhia foi fundada em 17 de setembro de 1946, pelos irmãos Eugênio Nielson e Augusto Bruno Nielson.

Inicialmente, os negócios eram destinados para a fabricação de esquadrias, balcões e móveis de madeira.


A madeira nesta época também era a matéria – prima das carrocerias de ônibus, com algumas exceções.

No ano seguinte, em 1947, eles reformaram uma jardineira, um ônibus rústico de madeira.
Em 194 9 foi a vez de construírem uma carroceria de jardineira sobre um chassi de caminhão Chevrolet Gigante. Outra característica da época é que os ônibus não tinham chassis próprios. Eram somente caminhões que recebiam estruturas, quase artesanais, para transportar passageiros..
Com a entrada em 1956 de Haroldo Nielson no negócio, filho mais velho de Augusto Nielson, a empresa toma novos rumos.


Era época de crescimento econômico, de urbanização e a demanda por ônibus crescia.
As cidades se tronavam mais populosas e os deslocamentos necessários.

A Nielson soube aproveitar o momento. A empresa já tinha entrado para a época das carrocerias metálicas.

A Nielson também lançava produtos que seriam destaque e até referenciais para outras fabricantes, como ocorreu com o Diplomata, em 1961. O modelo, variando de acordo com o tempo, foi comercializado até o início dos anos de 1990.

A última série de Diplomatas – Diplomota 310, Diplomata 330, Diplomata 350 e Diplomata 380 (os números são de acordo com a altura dos ônibus) -, chegou a liderar meses de vendas.

 Desde o primeiro Diplomata até o os últimos, os itens de conforto e boa visibilidade chamavam a atenção para os padrões de cada época, até mesmo nas versões mais simples.
Foi um Diplomata, em 1979, para a Auto Viação Catarinense, a primeira carroceria de ônibus brasileira com 13,2 metros.

O modelo também se destacou por ter versão articulada rodoviária. Em 1984, o Diplomata 380, com 3,91 metros de altura, era lançado e impressionava por suas dimensões.
No ano de 1987, a Nielson volta a investir em modelos de ônibus urbanos. E lança o Urbanus, que até hoje, passou por várias versões.

Em 1993, apresentou uma solução para o mercado pela HVR Equipamentos Industriais, uma das empresas do grupo, pela qual a carroceria era montada em chassi próprio da Busscar.
A mudança de nome de Nielson para Busscar foi uma estratégia de negócios e ocorreu entre os anos de 1989 e 1990. Além do novo nome, entrava uma nova família de produtos: a El Buss e Jum Buss, que substituíram os Diplomatas.

A Busscar faz parte direta ou indiretamente da vida de muitos brasileiros. Quem anda constantemente de ônibus, em alguma vez na vida esteve num veículo encarroçado pela empresa.



domingo, 23 de setembro de 2012

Outros #8

 Mais uma vez quero agradeçer ao Ternoski por ter me enviado estas fotos.


Carroceria: Marcopolo Paradiso G7 1800 DD
Chassi: Scania K420
Empresa: Viação Garcia



Carroceria: Marcopolo Paradiso G7 1800 DD
Chassi: Scania K380
Empresa: Viação Garcia

Carroceria: Marcopolo Paradiso G7 1800 DD
Chassi: Scania K380
Empresa: Viação Garcia


Carroceria: Marcopolo Paradiso G7 1600 LD
Chassi: Volvo B12R
Empresa: Viação Ouro Branco


Obrigado pela visita!

Algumas fotos que eu tirei nesta semana #26

Olá pessoal, tranquilos? Essas são as fotos que fiz nessa semana, espero que gostem. 


Carroceria: Busscar Vissta Buss HI
Chassi: Volvo B10M
Empresa: WJ Brasil Turismo





Carroceria: Caio Apache Vip
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Categoria: Alimentador
Empresa: Auto Viação Santo Antonio
Prefixo: 18A93



Carroceria: Caio Apache Vip
Chassi:  Volkswagen 17.260 EOT
Categoria: Convencional
Empresa: Auto Viação Santo Antonio
Prefixo: 18C79



Carroceria: Viale BRT
Chassi: Volvo B215RH
Categoria: Convencional
Empresa: Auto Viação Redentor
Consórcio: Transbus


Obrigado pela visita!

domingo, 16 de setembro de 2012

Fotos da semana #19 pt. 2

Continuando a postagem.


Carroceria: Marcopolo Viale BRT
Chassi: Volvo B215RH
Obs: Carro Teste da Volvo Brasil

Carroceria: Marcopolo Viale
Chassi: Volvo B7R
Categoria: Convencional
Empresa: Auto Viação Tamandaré
Consórcio: Pioneiro

Carroceria: Marcopolo Viale
Chassi: Volvo B7R
Categoria: Convencional
Empresa: Transporte coletivo Glória
Consórcio: Pontual

Carroceria: Neobus Mega BRT
Chassi: Volvo B7R
Categoria: Linha direta " Ligeirinho "
Empresa: Auto Viação Redentor
Consórcio: Transbus


Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Categoria: Metropolitano
Empresa: Viação Colombo

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Categoria: Metropolitano
Empresa: Viação Colombo


Carroceria: Mascarello Gran Via Midi
Chassi: Volkswagen 17.230 EOD
Categoria: Metropolitano
Empresa: Viação Graciosa

Carroceria: Mascarello Roma 350
Chassi: Scania K310
Empresa: Montana Turismo

Carroceria: Mascarello Gran Micro
Chassi: Volkswagen 9.160 OD Euro V
Empresa: Viação Graciosa

Carroceria: Marcopolo Viaggio G6 1050
Chassi: Volvo B7R
Empresa: Viação Graciosa

Carroceria: Busscar Vissta Buss LO
Chassi: Volvo B9R
Empresa: Viação Graciosa


Carroceria: Busscar Vissta Buss LO
Chassi: Volkswagen 18.320 EOT
Empresa: Viação Graciosa

Carroceria: Marcopolo Viaggio GV 1000
Chassi: Volvo B10M
Empresa: Anatur Transporte

Obrigado pela Visita!

Fotos da semana #19 pt. 1

E ai pessoal, estas são as fotos que fiz durante a ultima semana, desculpe pela demora de postagem! Estava viajando. Bem espero que gostem das fotos!

Carroceria: Marcopolo Torino GV
Chassi: Mercedes Benz OH1621L





Carroceria: Marcopolo Torino LN
Chassi: Volvo B58E

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Viação São Francisco

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Viação São Francisco

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Viação São Francisco


Carroceria: Busscar Urbanuss Pluss
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Jaguar Transportes Urbanos

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Jaguar Transportes Urbanos

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Jaguar Transportes Urbanos


Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Jaguar Transportes Urbanos


Carroceria: Busscar Urbanuss Pluss
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Viação Campo Grande


Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Viação Campo Grande

Carroceria: Marcopolo Torino 2007
Chassi: Mercedes Benz OF 1722M
Empresa: Jaguar Transportes Urbanos

Carroceria: Caio Apache Vip
Chassi: Volkswagen 17.210 EOD
Empresa: Serrana Transporte Urbano

Carroceria: Caio Apache Vip
Chassi: Volkswagen 17.210 EOD
Empresa: Serrana Transporte Urbano

Carroceria: Caio Apache Vip
Chassi: Volkswagen 17.210 EOD
Empresa: Serrana Transporte Urbano

Carroceria: Caio Apache S22
Chassi: Agrale MA 15.0
Empresa: Serrana Transporte Urbano

Carroceria: Comil Svelto 2000
Chassi: Volkswagen 15.190 EOD
Empresa: Serrana Transporte Urbano

Carroceria: Comil Versatile
Chassi: Mercedes Benz O364
Empresa: NPQ

Carroceria: Marcopolo Andare Class
Chassi: Volkswagen 17.310 OT
Empresa: Expresso Queiroz


Carroceria: Marcopolo Paradiso GV1150
Chassi: Scania K113 TL
OBS: Ex Expresso Itamarati ( 857 )

Carroceria: Marcopolo Paradiso 1200 G6
Chassi: Mercedes Benz O500 RSD
Empresa: Empresa de Transporte Andorinha

Carroceria: Busscar Urbanuss Pluss LE
Chassi: Mercedes Benz O500U
Empresa: Infraero

Obrigado pela visita !